terça-feira, 27 de agosto de 2013

Ressurgindo das cinzas???

Estamos um pouco sumidos, hmm? Não nos esquecemos do blog, apenas empacamos por um tempo. Mas é de conversas engraçadas como a que descrevo abaixo que se avança...

Deixe-me explicar melhor ...


Shelly Charmaine

Legenda (sim, porque é necessário):
Preto: momentos de Renato
Itálico cor de rosa avermelhado: comentários que jamais saíram de minha mente
Azul: minha resposta

Descrição literal, sem preocupação com pontuação de uma conversa sobre o andamento do livro entre Renato e Shelly, do dia 08 de Agosto de 2013

“Charmaine! Segue minha epifania, acredito que engataremos de vez agora!

O livro se desenrolará com o personagem da Mitologia
lá vem mais uma, já passeamos entre a pré da pré-história, chegamos numa ninfa de sei lá onde e agora, estamos mergulhando na Mitologia, ok...que havia mencionado previamente (Dionísio ou Baco “ou”, hein? , originalmente Deus das festas, orgias e bebida, portanto, um Deus alegre sim, muito! Concordo! que, por algo que aconteceu há muito tempo, virou um cara ressentido com o mundo e se retirou (sobre o que aconteceu para ele se retirar e sumir, preciso pensar ainda, relaxa que é uma epifania em evolução!). No século XXI , ele é acordado por um casal que estava acampando perto de seu esconderijo e, ao transarem e urrarem de prazer, acabam por despertar sua voraz fome  - ele se alimenta de energia sexual, de vibrações de bêbados e drogados - e acordam um Deus faminto que, obviamente Oi? Mas é claro! Como não seria óbvio? Apareceu em vários filmes de quinta que nos divertiam na sessão da tarde quando a Globo ainda era legal..., consome o casal de alguma maneira horrível que ainda vamos pensar.

Depois de dormir por mais de 2 mil anos, ele começa a explorar o mundo "novo" e detesta o que vê, tem nojo do ser humano e de como ele destrói o planeta (Dionísio Afff que nome é este, como ele veio parar aqui? Bom, darei uma chance, na hora que ele me mandou o texto era madrugada de um final de semana, vou dar o benefício dos efeitos reversos do Deus Baco e continuar a ler o que eu chamo de “momento Renato”  é um Deus das florestas e , ao "conversar" com o verde hahahahahhahaha , descobre que a raça humana esta consumindo o planeta e decide exterminá-la Clichê all over again. Para tanto, precisa de nossa protagonista (a ninfa) que, há tempos se mudou para a Floresta Amazônica (perto da fronteira com a Colômbia  Ó Santo Genésio, explicai-me: POR QUEEEEEEE????).  Ele não sabe disso. Começa uma caçada humana dele por ela (o livro focara nela, mas de tempos em tempos voltaremos a ele, rodando o planeta atrás dela, conversando e matando pessoas com quem ela conviveu de maneiras criativamente terríveis (deixa comigo rs), passando por festas, puteiros, ponto de venda de drogas, conversando com gente on the Edge of life leia-se cantando: “we’re livin’ on the edge; we’re livin’ on the edge;  tell me what you think about your situation, complication-aggravation is geeting to youuuuu”! Música do Aerosmith me consumiu por uns minutos e perdi o foco que são as tocadas de alguma forma por nossa protagonista.

A cada situação ele ganha pistas que o colocam mais próximo dela, do Brasil, da Amazônia tadinho ... Ele é superforte, pode manipular a mente humana, veste-se como um pimp, as mulheres sentem uma atração irresistível por ele, instigando os vícios nas pessoas, todos que estão ao seu redor querem foder, beber e tudo o mais ligado a Dionísio. Ele tem bom gosto e paladar apurado para por vinhos e bons restaurantes, gasta fortunas que rouba de suas “vítimas”. É um glutão. Suas presas sentem o odor putrefato de sua essência, sua aura antiga e maligna cheira a mofo e enxofre tão Crepúsculo de sua parte! Apesar disso, ele parece, na maior parte do tempo como um humano normal e ordinário, porém bem dotado (livre para sua interpretação), mas mantém desprezo pela vida do homem e conflita com o moderno e suas engenhocas ridículas  "essa carroça sem cavalos q eles chamam de carro".

Enquanto isso, ela vive na floresta, como uma cientista estrangeira supostamente estudando a Floresta Amazônica hhahahahahahah . Fala bem o português. Enlouquece os homens, tem alguns poderes sobre humanos que ela evita usar, primeiro porque quer se misturar aos humanos sem despertar suspeitas e, segundo porque possui um laço com ele Quem????  e imediatamente sentiu sua presença no mundo quando ele despertou e, sempre que ele usa seus dons, ela sente e "vê" o que ele está fazendo (deixa para intercalar entre a narrativa dela e a narrativa dele) ela vê ele matando as pessoas, sente o ódio dele, o que ele quer fazer e, principalmente, que ele esta atrás dela, chegando cada vez mais perto... A recíproca é verdadeira sempre que ela usar suas habilidades, ele também a sente e, se ela não tomar cuidado, ele rapidamente encontrará...

Na fronteira, ela tem um caso com um membro das tropas especiais de guerra na selva do Brasil (as melhores deste tipo no Planeta )-  tem uma série de coisas legais sobre esses caras, as mais é que eles sabem tudo sobre a selva, como sobreviver ali, onde dormir, os animais, onde achar comida, escapar das cobras, predadores, caçar, insetos, plantas... -  E ela sendo uma criatura da natureza como ele, se apaixona Avatar all over again. Além disso, os caras destas tropas são em sua maioria índios Ao menos um enredo eclético hehehee.

Ele é descendente de índio com olhos azuis (sua mãe era uma gringa médica que passou um tempo na tribo dele médicos sem fronteiras são tão dignos, principalmente quando provindos de terras nórdicas e que procriam com índios e/ou soldados do Brasil quase colombiano, entendi...) ele não sabe que ela é uma ninfa, mas emerge em profundo amor e admiração por sua pessoa, mesmo ele, que sempre teve todas aos seus pés (forte, alto, olhos claros, pele morena, cabelos negros como a noite na floresta equatorial, ar misterioso e espartano com as palavras, sempre sabias. Soldado. (E todo este blábláblá de moço másculo que deixo pra você desenvolver EBAAAAA! ) e isso será um subplot. Ele fará qualquer coisa por ela e, por esta razão terá um papel importante na trama e a ajudará no desfecho e derrota de Dionísio.

Várias situações na floresta dele ensinando a ela sobre a Amazônia (afinal, ela nasceu e viveu na Grécia), explorar o sexo dos dois, colombianos das farcs invadindo as fronteiras, traficantes de droga  etc. Dionísio a encontrar nossa ninfa...

Basicamente é isso. Muito assunto pra pesquisar (Grécia, mitologia, particularidades da Amazônia, das tropas especiais, dos confrontos com farcs e traficantes que rolam lá, das histórias das pessoas q ele encontrara com as pistas dela). Clímax e alguns subplots. Diga-me depois o que achou e o que acha que precisa mudar, tirar ou acrescentar. O que acha??  Aiii, caro amigo, você foi longeeeeee, hm? Ok, sem preconceitos! Tentarei escrever algo seguindo um pouco dessa linha que esboçou, apenas para certificar que a história realmente não me comprou.”

Troca de e-mails 4 dias depois...

“Charmaine? Conseguiu ler? O que achou? Eu não tenho certeza... Está estranho, sei lá... Acho que estamos perdidos nessa história de ninfa...”.


Após mais uma semana, chega a resposta...

Renato,

Lá vamos nós... Não sei se curto... Mas, podemos tentar... Dei uma rascunhada por cima do que passou de base, mas acho que não fui bem sucedida:

Idiotas! Vocês não sabem de nada! Desconhecem a história real, viramos perfumadas fábulas fantasiadas por minha causa; eu que plantei esse esquecimento propositalmente, mas agora meus olhos ardem após tantas claras noites em alerta. Aquela "paz" sumira velozmente. Ele acordou, sei que sim. Não consigo sentir suas intenções, ele ainda deve me amar... Ou virá para se vingar?

Eternidades se passaram e os Deuses permanecem silenciados perante meu ardiloso ato, principalmente após minha injusta condenação à “vida” neste Planeta. Querem saber o que fiz com ele? Hm... Seduzi sua alma e, ainda enquanto deitava-me em seu peito, arranquei-lhe o coração, ele apenas suspirou e embriagado por meus talentos e muita droga que corriam nas veias daquele bêbado dissimulado, disse pateticamente: "Meu coração pulsa apenas por você, faça o que quiser...", e o fiz: queimei na lava do vulcão que o criou. Costurei seus lábios com os fios da arpa de Morfeu para que ele autoconsumisse sua ambição e engolisse seco seus desejos insaciados. Ainda anestesiado por meu veneno, concedia-me um corpo estático e não reagia às minhas agressões calculadas. Amarrei com meus longos fios de cabelo dourado, seus braços e pernas. Cavei uma vala ao núcleo terrestre e lá enterrei sua carcaça. Soube que, toda vez que ele relutava contra meu veneno urrava alto com seus lábios cerrados e a Terra sacudia - enquanto esses boçais geólogos chamem de "abalos sísmicos". Ingênuos...Ingênuos! Não sabem o que está por vir. Ele virá por mim.


Três dias depois, por telefone, decidimos trilhar um novo caminho...

“Hhahahahah Charmaine, Charmaine! Suas reticências logo no início apenas grifaram a pura verdade, está uma merda, muito batido, muito mitológico, muito estúpido. Engraçada a sua maneira ‘meiga’ de confessar que a história não convencia; não se acanhe já nos conhecemos há anos para estas formalidades desnecessárias”. “Aiiii ainda bem que você concorda, nem te conto o que eu pensava durante a leitura de sua ideia! Não adianta, até que eu tentei, mas ainda sou muito verde para este tipo de literatura e, apesar de achar fascinante a Mitologia, não acredito que seja um tópico que gostaria de escrever, teríamos que ter muito gabarito e estudo para fazer uma narrativa que não cansasse os leitores e, para ser sincera, não acredito que deveríamos seguir esse caminho. Ainda mais sendo escritores de primeira viagem”. 

“Sabe... eu ainda não desisti da Pré-História, o que você acha de...”

“NÃO! Já discutimos sobre isso, sem Pré de nada! Nananinanão! Eu realmente estou perdida, não estou satisfeita com nada que desenvolvemos até agora...O que fazemos então? Voltamos ao zero? Toda vez que damos um passo para frente voltamos pra trás dando cambalhotas desengonçadas!”.

“Calma, o processo criativo é isso aí mesmo. Vai pra frente, volta, sobe, desce... Estamos criando chica, não é fácil mas, é divertido e, tenho certeza, uma hora a gente encontra o que procura."

"Precisamos pensar em algum assunto que dominemos e, principalmente, tenha espaço para contar boas histórias que as pessoas gostem de ler. Talvez voltar para a ideia inicial, fazer uma compilação de contos... Mas volta também aquele problema de precisarmos de uma conexão entre os capítulos, uma história mestre que sustente as outras diversas histórias que queremos contar”.

“Precisamos nos desprender de tudo o que já fizemos, isso sim!”.

“Concordo, façamos o seguinte, então, daqui 2 semanas cada um entrega um conto de 3 páginas um para o outro, sobre qualquer coisa, qualquer coisa que realmente queiramos escrever. Faremos isso até encontrarmos algo que bata para os dois, que faça sentido...”.

“Combinadíssimo! Assim também iremos conseguir identificar nossos gaps de interpretação, nossos pontos fortes e fracos e onde podemos nos completar. Estou aliviada que voltamos aos contos; isso me traz uma liberdade imensa! É minha zona de conforto, onde a minha mente borbulha, Renato!”.

“Fechado então Shelly".

Resumo da obra: “Queime o livro antes de ler”, iremos nos fantasiar de fênix e uma nova obra surgirá das cinzas de tudo o que já criamos. Aguardem. Voltaremos em breve! Ufa!

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

En garde, touche!

Ler como um escritor, isso sim é difícil... Dissecar analiticamente a obra camada por camada até encontrar seu âmago; o alicerce. Como muitos escritores, a paixão nasce a partir da leitura e com o que alimentamos com a imaginação. Eis a questão, há tanto o que sugar na vasta literatura disponível, que as ideias começam a se colidir e explodir as estruturas iniciais de nosso livro. É exatamente por isso que estamos passando: processo de desestruturação. Cada vez que supomos ter uma lucidez em cada sentença escrita, traçando rotas em mapas de páginas, acabamos travados em pontos específicos, que nos fazem repensar em cada detalhe previamente definido como “fixo”.
Adoçar com melaço a prosa em nada adianta sem uma boa e forte base arranjada em concreto, tijolo e cimento, portanto, costuramos e rasgamos, costuramos e rasgamos, costuramos e costuramos: pensamentos com ideias. Para garantir algum progresso também estabelecemos um pouco de disciplina, aliás, seguimos em paralelo com nossos compromissos e intensas farras de final de semana. Com 2 horas semanais, de cada um, iremos constituir o conteúdo básico da obra de vez! Qual será o tom da escrita? Por qual ponto de vista estaremos escrevendo? Desenvolveremos o psicológico do protagonista de qual maneira – como ela será e como ela afetará e interagirá com os personagens secundários? Qual(is) a(s) mensagem(ns) que estará(ão) nas entrelinhas a ser(em) transmitida(s)? Ahhh, são tantas as incógnitas empilhadas! Quanto mais pensamos, mais certeza temos que nada sabemos. Estamos perdidos! É extremamente complicado decifrar códigos e montar puzzles com tanto conteúdo solto em nossas mentes.
Há necessidade de captar a essência da verdadeira alma de cada uma das sentenças, destruir tudo que se produziu, mas sem mutilações violentas, para depois discorrer em cima do que previamente foi inventado, iniciado e pesquisado. Consumir o que é útil e transformar o que corria longe da linha do nexo para transformar tudo em borboletas coloridas. Sair do mecânico e compreender cada espaço entre palavras, respirar em cada pontuação, colar os parágrafos e conectar os capítulos até o suspiro final da obra. Levar um pouco do que é palpável e cuidadosamente inserir, com seringa, doses suaves de sensatez lírica ao decorrer das linhas.
Conversamos. Um “conference call” sobre os rumos dos rascunhos. Ateamos fogo nas bordas do papel desenhadas com a escrita para remendar os cantos com tinta de caneta fresca. Minha destra diz: é brincando nas esquinas do ilusório e no que carregamos dentro das gordas malas de cultura acumulada, que completaremos os gaps que restam para empilhar os ossos e montar o esqueleto final. En garde, touche!

domingo, 28 de julho de 2013

Chega!

Tenho milhares de anos. Na aurora do tempo, os homens me adoravam. Minhas filhas saciavam minha luxúria. Vivia feliz pelos lagos e montanhas. Era uma época mais lúdica. O ápice de era da razão. Hoje vivo entre eles. Os tempos são outros... Eu os detesto... Não! os abomino.
Como destroem suas florestas, poluem o céu, procriam como porcos, estão sempre em guerras intermináveis e sem sentido. São como vírus que se espalham e consomem seu hospedeiro, que definha lentamente...

Chega.

Não permitirei... Não permitiremos mais isso. Chegou a hora de lidar com esses ratos de maneira definitiva. Os que sobrarem, nos servirão, esquentarão minhas noites com seus corpos descartáveis, me adorarão, como no passado.

Não tenho certeza se ela vai me ajudar. Espero que sim. Muitas vezes, deitados sobre o céu estrelado, sonhamos e pensamos em como impedi-los. Mas ela mudou... Quando conheceu aquele maldito menestrel... (ainda vou estuprá-lo e comer suas entranhas e arrancar seu coração e fazê-lo gritar e gritar e gritar, com ela assistindo)... Ela não frequenta mais meu leito (quem ela pensa que é?), vive naquela floresta tropical quente e suja... Parece gostar deles...

Mas ela tem algo que quero. algo que preciso... Devo encontrá-la primeiro. Ela vai me ajudar, de uma maneira ou de outra...

domingo, 21 de julho de 2013

Como tudo começou...

Tenho um sonho... Gosto muito das palavras, gosto de escrevê-las, dissecá-las, saboreá-las...
 e chegou a hora de empregá-las para contar histórias.

Tudo começou com uma conversa, que transcrevo aqui, com minha amiga e, como eu, uma anônima escritora amadora, Shelly Charmaine:
 
Primeira Parte - O Convite...
Renato Recife 
Shelly, tudo bem, como vai?  Quero fazer uma proposta para você... resolvi investir em um projeto que tenho faz tempo, de escrever um livro, de contar uma história para o mundo. Como você sabe, adoro escrever e tenho esse sonho faz tempo.
Você se interessaria em escrevê-lo comigo? Pretendo, em princípio, escrever sobre historia, ainda estou refinando o assunto. É um projeto a longo prazo, para terminar e lançar do meio para o fim de 2014.
Precisaria de ajuda principalmente em pesquisa, revisão, sugestões, design e edição. Você que nutre a mesma paixão que eu por palavras, teria a chance de se por a prova e participar da produção de um livro do começo ao fim. Preciso de alguém inteligente e fascinado pela leitura para me ajudar e guiar.
Esta tudo meio embrionário. Tenho o projeto, a estimativa de custos, uma ideia de tema, tempo e muita vontade. A única certeza que tenho é que se nos dedicarmos, vai sair. Afinal é um tema que realmente gostamos e, quando se vai atrás do que se gosta, as coisas nascem, de uma maneira ou de outra. Vai sair legal, não tenho dúvidas.

Shelly Charmaine
Estou aqui, Renato! Nada me daria mais prazer do que ajudá-lo a consolidar um sonho, que é meu também! Preciso de mais informações, é claro. Teria que ser algo em horas livres, pois também não posso comprometer meu desempenho em meu atual emprego, muito menos largar meu ganha pão para comer apenas palavras.
 
Para organização seria essencial estabelecermos horas de trabalho e prazo de entregas, assim manteremos um fluxo de real de desenvolvimento e criação. Aliás, você já tem o esqueleto sobre o conteúdo?

Renato Recife
Vou amadurecer a ideia, fechar o tema (já te envolvendo na discussão) e depois a gente se reúne para discutir como escrever o livro. É um projeto para 1 ano e meio, que vai demandar muito esforço e dedicação. Será muito legal trabalharmos juntos. Uma experiência para ambos. Caso o livro dê certo, e acredito que possa dar - sou um otimista inveterado e acredito no nosso trabalho -, podemos, quem sabe, nos dedicar inteiramente a escrita.

Shelly Charmaine
Combinado Renato! Aguardo, ansiosa!


Segunda parte - O livro, a ideia, o conceito...

Renato Recife
Sabe...Essas coisas são estranhas, mas me acontecem de vez em quando. Na hora que me faltam ideias e está tudo meio nebuloso, elas surgem do nada. Esta noite fiquei pensando muito durante a madrugada. Estava indo pelo caminho errado com o livro. Agora acho que encontrei um tema. Veja o que acha dos pontos que trouxe à tona:
Qual nosso real objetivo ao escrever este livro?
Não é ganhar dinheiro (pelo menos não agora), e sim contar histórias. Isso que me motiva. Contar uma história para as pessoas. Uma história que tenha um pedaço da gente, óbvio, porém mais do que tudo uma boa história que toque os leitores e os faça pensar, como todos os bons livros já que li.
Mas qual seria essa história? A minha história? A história de um grande vulto da humanidade? Uma história fictícia?
 
Não acho que saberia contar a minha história. Escrever uma biografia de alguém e/ou algum acontecimento histórico, parece-me um tanto desgastado, afinal milhares de autores de gabarito, com muito mais conhecimento literário, acesso à informações e experiência, já escrevem; não há necessidade de fazermos o mesmo.
 
Uma ficção me interessa, conforme demonstrei a você nas minhas primeiras concepções para o livro. Eu gostaria de escrever sobre isso, porém o farei em algum outro momento, quando tivermos uma boa história para contar. Ou melhor, quando uma boa história vier a nós...
 
Depois desse "breve" preâmbulo, Shelly, vamos ao tema. Quero escrever as histórias que ninguém quer contar. De Brasileiros esquecidos, parias da sociedade. Trazer a luz suas lutas, suas vitorias, suas derrotas...

Shelly Charmaine
Então montaremos um purgatório purificador para as narrações interrompidas, para as histórias ignoradas, vozes amordaçadas que deixaram no silêncio suas ricas experiências por não terem a quem compartilhar, para as vontades vetadas, para os sonhos esquecidos e/ou perseguidos, para as icógnitas atos notórios em sua perspectiva! Misturar realidades pesquisadas com nosso lirismo lúdico para romanceia a escrita, sem medo de deixar transparecer a nossa genuína vontade de escrever, mesmo sem grandes experiências, e deixaremos as palavras cruas nos conduzir para transformar em palpável esta ideia, sem antisséptico social nem sinal vermelho... Precisamos de uma linha guia pra colar tudo isso. Estou empolgada!
 

 
E o resto desta obra, caro leitor, deixamos para sua imaginação e para contar nas linhas do MUTE, nosso livro... Aqui daremos o gostinho dos bastidores para a concretização do sonho e deixar transparecer para todos os outros "anônimos escritores amadores", que há espaço para no mundo das letras inclusive para aqueles que não receberam receitas de "como escrever um livro", afinal, histórias /estórias devem ser expostas. Basta começar. Basta começar...

sábado, 20 de julho de 2013

A Pré-história - Primeira ideia

Quando começamos a planejar o livro, nossa ideia era escrever uma ficção ambientada no período que antecede a invenção da escrita.

Mais especificamente, a história se passaria no paleolítico, época em que algumas espécies de hominídios como o homem de Cro-Magnon, o Neanderthal , o Homo Rhodesiensis e outras variações arcaicas do homo erectus, conviveram lado a lado com o Homo Sapiens.

Iríamos escrever sobre as interações entre essas diversas subespécies, suas disputas por território e comida, diferenças culturais, surgimento da religião, da comunicação oral e primeiras demonstrações da música, evidencidas por descobertas de flautas e outros instrumento primitivos e da arte, nas pinturas rupestres encontradas em cavernas.

É um período extremamente interessante da história humana, do qual só temos vestígios encontrados em escavações por paleontólogos, o que abre muito espaço para divagar e explorar. Além disso, a possibilidade de abordar a convivência entre as diferentes espécies de hominídeos é fascinante.

Passamos um tempo estudando se iríamos ou não por este caminho e decidimos que ainda não era a hora. Tinhamos uma boa idéia mas faltava lapidá-la. A parte, escrever sobre a pré-história envolveria muita pesquisa técnica e consumiria muito tempo. Tempo que não temos, infelizmente.

De qualquer forma, contaremos essa história algum dia. Seria algo bem diferente sobre um período muito pouco explorado pela literatura, principalmente em romances.

Stay tuned.

~*~*~~*~*~*~


Tá certo: Aceite o convite para escrever um livro sem nem mesmo saber sobre o que seria, o que parece bastante arriscado para qualquer pessoa menos impulsiva. Quando ouvi toda aquela brisa do Renato sobre a Era de Ross (referência ao eterno seriado Friends), confesso que fiquei um tanto arrependida por ter sido tão precipitada. Entre conversas, tentei desviar do assunto, dizendo que é muito complicado escrever sobre o tópico, que corríamos o risco de virar uma tentativa antropológica ou uma recriação do Planeta dos Macacos, na melhor das hipóteses. Tentamos até estruturar o conceito sugerido em uma região específica, pensamos nos lados da atual Europa Oriental... Não, ainda não me convenceu e, no fundo, não acho que tenha convencido o próprio Renato.


Mas não paramos por aí, fomos além! Surtamos sobre a hipótese dos répteis terem se evoluído, não os Homo Sapiens, viajamos tão longe que beiramos à reprise da Família Dinossauro feat. aqueles homenzinhos azuis on LSD, Avatar. Foi então, dentre gozações acerca do tema, que decidimos nos limitar a algo um pouco mais palpável, ao menos mais nítido, já que não compreendo e/ou me interesso lhufas por esta época e, se tivesse minha mão neste conteúdo, iria sair uma sátira nada agradável para os amantes da História.

 
Seguimos com brainstormming e evoluímos para uma época recente, tipo hoje.  

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Renato Recife - Um pouco sobre mim

 

Sou um geminiano legítimo, dotado de uma mente cartesiana, herança genética dos homens de minha família paterna, que ocupa boa parte de seu tempo tentando conviver, entender e eventualmente domar, uma sensibilidade enorme, irascível e intensa.

Este estado de constante conflito entre meu "eu" racional e meu "eu" emotivo e sensível, já me trouxe muitos problemas, desde conseguir compreender e aceitar as regras tácitas que regem a vida em sociedade, até ser aceito em um mundo que normalmente tem dificuldades de compreender e aceitar quem não segue estes padrões.

Por outro lado, esta mesma dicotomia me permitiu buscar sonhos que jamais pensei que poderiam ser meus. Me fez alçar voos que não sabia ter capacidade de alçar. Me levou a lugares distantes e exóticos que nunca pensei que conheceria. Me ajudou a construir uma carreira profissional que nunca, mas nunca mesmo, pensei que construiria. Me permitiu viver aventuras que nem lendo livros, meus eternos companheiros, vivi. Me trouxe amores intensos que não imaginava ser merecedor. Me apresentou a pessoas, companheiros de viagem e amigos verdadeiros que não achava que teria e, finalmente, me trouxe até aqui, relativamente são e salvo.

Vivi intensamente, a 1000 por hora, sem preocupações, sem freio e sem travas. Entre percalços e  improvisos, reflexões e atos impulsivos, escoriações, machucados, pauladas e carinhos, sobrevivi.

Hoje, percebo, pela primeira vez, ter atingido uma paz interior que me permite parar e refletir sobre o caminho que trilhei.

Um caminho árduo, duro, cheio de pedras, espinhos e cacos de vidro mas, ao mesmo tempo, que seguia por uma estrada de tijolos amarelos, cheia de curvas, com vista para o mar, dragões, cavaleiros de armadura e princesas.

Neste blog, usarei e abusarei de minha grande amiga, a palavra escrita, com a qual convivi todos estes anos, compartilhando o leito, os sonhos, os anseios, temores, amores, tristezas, alegrias, derrotas e vitórias.

A palavra escrita, meu refúgio... onde sempre consegui colocar pra fora tudo o que eu sentia, falar o que eu não conseguia falar, escapar do medo paralisante que as vezes me acometia.
Por ter sido minha companheira durante todos estes anos, e por saber que, apesar de nossa relação promíscua, ela, a palavra, nunca me abandonará, resolvi fazer-lhe esta singela homenagem.
Mal escritas linhas nunca conseguirão expressar a importância das palavras para mim.
Mas, como tudo em minha vida, as escreverei mesmo assim.

Sem me prolongar mais, apresento-lhes,

MUTE - A história por trás da história ...